Auto Análise

Written on 13:16 by Guilherme Soares

Hoje, eu estava passando por blogs, e lembrei que tinha uma conta no blogger, e óbvio, consequentemente, um blog.
Como hoje acordei fazendo meu auto-exame (sim, me sinto assim sempre que penso antes de tomar certa atitude). Ontem eu estava mirabolando uma viajem bem "punk" onde saio das rédeas de moço bem comportado de sua casa, e me aventuro num lugar desconhecido sem motivo aparente, aliás motivo (para quase tudo) é o que eu menos tenho tido nos últimos meses.
Nos 3 ou 4 últimos meses para ser mais claro, eu sempre vivi muito bem "sozinho" me apego demais as pessoas, mas tento fazer com que a ausencia delas, ou até a presença de modo indesejado não afete meu dia-a-dia que há tempos atrás eu considerava precioso. Mas é aí que muda, você sempre planeja as coisas, sempre tenta fazê-las de uma certa fora e elas sempre dão errado. Naõ é pra se surpreender, porque acho que não só na minha, mas a vida de qualquer ser humano é repleta de acontecimentos inesperados, mas o ser humano é tão "tolo" que não percebe que acontecimentos inesperados tornam-se a cada dia mais esperados, e não importa o que você faça, aja, ou pense, nem sempre tudo é do jeito que você quer...
Nesses momentos, onde as coisas começam a dar erraado demais eis que surge um momento de rebeldia, onde nos culpamos arduamente por tudo, por cada ato que fizemos, consideramos nossos erros, subtraímos os acertos pra ficar-mos menos presunçosos mas no final... NADA.
Eu sempre fiz o tipo calmo (e recomendo que todos o façam) sou super calmo, super na minha, mas , como se não bastasse, tchurum! Orgulho. Sim, meu orgulho me faz perder o rumo de todas as escolhas e atos que eu decido, e incrivelmente às vezes me faz acertar, mas são acertos vazios, pois às vezes é melhor errar, tomar um belo tombo e recomeçar, sendo consciente, à se satisfazer por escolhas baseadas em orgulho, ou todo e qualquer tipo de máscara ou protótipo criado por minha pessoa que eu venha a usar. Então, de repente o meu eu, torna-se extremamente difícil de domar fico intimamente ligado à figuras que não me pertecem e tão logo preenchido de culpa por atos e por ogulho, então eu me pergunto: Pra que mudar? Eu sempre tento, mas ultimamente eu tenho andado cansado de tentar mudar, e em alguns casos até mesmo mudar de fato, sabe. Mas, de última hora, em minha última análise pessoal (que ultimamente tem se tornado quase semanal)eu não sei se estou no caminho certo, se estou atrás das pessoas certas ultimamente eu tenho mandado o mundo todo ir à merda e deixar rolar, mas como eu disse anteriormente, eu NUNCA (nunca mesmo) deixo as coisas assim, então, eis que surge outro terrível costume, Correr atrás...
Eu corro atrás de tudo, de cada opção, de cada ato, de cada acerto e principalmente dos erros, e às vezes (quase sempre) não queria que fosse assim, pois parece que quando é com a gente o mundo todo não está nem aí, mas na verdade, acho que TODOS corremos atrás de atos, sempre ou em alguma hora na vida, quando você se vê sem saída ou algo parecido. Acontece que o "outro" em questão talvez tenha corrido diversas e diversas vezes atrás das coisas, até mesmo das que nos diz respeito, então, com esta coclusão, eu comecei a pensar horas e horas onde meu erro sempre ocorre, e o quão corriqueiro ele ocorre nas mais diversas, mas se manifesta em tantas situações e diante de tudo isso, eu percebo que, eu não ligo! Como asism não ligo? Não ligando! Eu tenho me importado apenas com uma situação, a situação que mais me massacra, a que mais me faz perder horas pensando, aquela que arranca sem dó seja qual for o momento em que esteja passando pra focar apenas nisto.
Eu sempre fui meio... multitarefa sempre estive com a cabeça em 1001 lugares ao mesmo tempo, sempre trabalho bem sob pressão e sempre lidei assim, e nunca (quase) nunca deixei que um pensamento aqui, outro ali me prendessem ou dilacerassem meu foco como tem acontecido, com uma certa frequencia até... Então eu fico pensando, será que é culpa minha jogar toda a culpa na pessoa que causa tudo isso, ou o culpado real por tudo sou eu por ser tão idiota?!
O que eu queria é só entender, de às vezes saber o que o outro pensa é de fato uma prerrogativa, ou se pudéssemos escolher não sofrer, porque ultimamente eu não acho que dê certo, tudo é tão inesperado que os sustos que levamos, os empurrões, os conselhos (mesmos os abstratos que até os cães podem mostrar em atos simples) nada adianta, cada passo, cada movimento, cada pensamento, cada batida do seu coração nada é direcionado 100% aquilo que queremos, sempre há uma surpresa, e eu, como persistente que sou, costumo agir como um computador, ao invés de seguir em frente mesmo com as surpresas, eu insito em empacar em coisas não resolvidas, e persistir no erro incansavelmente até eu não ter forças pra lutar contra e só então mudar algo (ou pelo menos tentar).
Eu tento diariamente esquecer esta pessoa que me causa tantas surpresas e aflições, mas às vezes como persistência fail eu percebo que mesmo tentando, eu não quero esquecer, eu não quero desistir porque isso não faz parte de mim, eu não sei traçar um plano, pensar e repensar pra no final ter de desisistir, não, isso não faz parte de mim. E assim eu vou, criando estereótipos, máscaras, gastando dinheiro à toa, escrevendo posts que não serão lidos por ninguém, tudo por tentativa de me desculpar internamente por não conseguir o que eu planejei, olhar casais na rua, ir aos shoppings e na praça de alimentação ver tudo em tons asorvetados, sem emoção alguma dilacera meus princípios de que sempre tudo o que é bem planejado dá realmente certo, então após tudo isso, eu repenso a cada dia se vale mesmo à pena planejar, e se não seria melhor às vezes deixar o vento levar (mesmo que o vento leve a pessoa que você julga ser o "amor da sua vida" embora). Penso comigo se às vezes tornar-se inconsequente (como ultimamente tenho ao menos tentado ser) seja a melhor saída, deixar a vida levar, se der certo deu, se não... Paciência.
Mas ao mesmo tempo que assumir isto seria talvez melhor, tentar algo novo seria bom, meu conservadorismo grita no meu peito tão alto e eu me mantenho fechado e vazio... Pensando, e pensando (acho que nunca saberei) e talvez um dia, daqui há anos, se tiver a oportunidade de ler isso eu realmente entenda, se vale mesmo a pena, afrontar todo seu conservadorismo por um bem-estar que possa tornar-se passageiro, apenas pra curar uma ferida atual seja tão importante quanto apenas esquecer, apenas abrir a cabeça dura de que este não é co caminho certo, de que esta não é a pessoa certa e seguir em frente sendo como sempre, talvez entrando nas mesmas emboscadas pelos mesmos motivos de antes, mas com o orgulho de ter superado algo que tão logo incomodava. Enfim, é isto, fico pensando nisso horas e horas em minhas auto-analises que não seriam necessárias se não houvesse alguém que não eu por trás das mesmas, se sou só mais um "diferente" ou se o mundo é mesmo assim, um lugar onde nada dura pra sempre, e nada sai do jeito que sempre queremos. Enfim, volto-me a questionar e assim será, até no momento onde eu deixar de insistir em coisas mortas e dar um basta que é tão aguardado pelo meu "eu" interior há meses...